Maserati: 173 despedimentos na fábrica de Modena

Foto Maserati

Quando não é a fábrica de Mirafiori a produzir o 500 elétrico e outros Maseratis, é a fábrica de Modena que está nas notícias. Maserati é confrontado com uma situação delicada, marcada por o anúncio de 173 despedimentos na sua fábrica histórica de Modène.

De acordo com informações divulgadas pelo ModenaToday, estas reduções de postos de trabalho, embora apresentadas sob a égide de despedimentos voluntários, lançam uma sombra de incerteza sobre o futuro da marca Trident em Modena. A maioria dos postos de trabalho afectados, 130 dos 173 são engenheiros e projectistas, salientando o impacto potencial no departamento de investigação e desenvolvimento da empresa, também conhecido por Laboratório de Inovação, inaugurado em 2015.

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A decisão não deixou de suscitar reacções, nomeadamente da Fiom Cgil, o sindicato que não assinou o acordo relativo a estas saídas. O sindicato alertou para as possíveis consequências destes despedimentos, nomeadamente no que respeita a o futuro do projeto de investigação e desenvolvimento, anteriormente instalado no laboratório de inovação da unidade de Modena, bem como as repercussões na capacidade de produção da fábrica.

No entanto, não é esse o caso, Maserati reitera o seu empenhamento nas instalações de Modena, confirmar os investimentos previstos para a oficina "Fuoriserie" a sua atividade de pintura e de personalização de veículos. No entanto, a questão que se coloca é a seguinte: que gama de veículos será abrangida por estas actividades, sobretudo numa altura em que a produção de novos modelos em Itália parece estar a abrandar?

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A Fiom Cgil de Modena exprime a sua sérias preocupações quanto ao futuro da Maserati na região, apelando a planos industriais concretos para garantir o desenvolvimento e a preservação dos postos de trabalho. Além disso, um acordo alcançado em 3 de abril reduziu o número de despedimentos previstos, uma vitória sublinhada por outros sindicatos, como o Fim Cisl Emilia Centrale e o Uilm Uil Modena. Este último salientam a importância de uma estratégia de recuperação e de um plano industrial sólido para o futuro da Maserati.

Os sindicatos, tal como as instituições, aguardam ansiosamente um encontro com Carlos Tavares, Diretor-geral da Stellantis, prevista para meados de abril no Ministério das Empresas e do Made in Italy. O objetivo? Obter um plano nacional de apoio ao sector automóvel, com medidas específicas para a Maserati.

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A situação atual da Maserati em Modena é um lembrete pungente da posição precária da marca. Maserati: vendas em 2023 foram impulsionados principalmente pelo novo SUV Grecale, mas também pelo as margens deterioraram-se acentuadamente. Recordamos que os novos modelos não são esperados antes de 2027 para o novo SUV Levante e 2028 para a nova berlina Quattroporte.

17 Comentários

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  1. Numa altura em que os automóveis de luxo se vendem como pãezinhos quentes, Carlos Tavares sabota a Maserati e a Alfa com a sua estratégia industrial incompreensível.
    Um Puretec de 3 cilindros de merda e, em breve, totalmente elétrico, que coração desportivo!
    Mas é óbvio que lhe compensa destruir tudo.

  2. Este é mais um exemplo das malfeitorias da Stellantis, o início do fim da indústria automóvel italiana, mas as outras marcas podem ficar descansadas que a Stellantis vai continuar a sua destruição. Só as acções contam para encher a carteira de Carlos Tavares.

  3. Mais uma ilustração dos métodos dos financeiros no poder: para apresentar números de rentabilidade atraentes aos accionistas, o departamento de Investigação e Desenvolvimento está a ser eliminado! Quem se importa com o know-how interno? Basta copiar o Lambo e transformar a Maserati numa concha vazia. É pena...

  4. É óbvio que o Stellantis não vai manter escritórios de design em todo o lado, e há o risco de haver apenas um centro de design para todo o grupo, infelizmente 😭😡 basta olhar para o Ypsilon, que sai de Sochaux e não de Turim.
    Espero que o Estado italiano seja um pouco mais firme com os responsáveis.

  5. O Sr. TAVARES continua a minar as marcas italianas. No próximo mês, aposto que vão anunciar um novo modelo que salvará a marca......um "feio 408" rebatizado com o Trident e equipado com o "potente e inebriante" 1.2 PURETOC!!!!

    Os irmãos Maserati devem estar a dar voltas no túmulo.

    Mas se o senhor deputado TAVARES decidir fazê-lo, não devemos esquecer que parece estar a fazê-lo com o consentimento de John ELKANN. Este último não parece estar a mexer-se muito.

    Ele pode ser neto de AGNELLI, mas não creio que tenha a alma italiana...... tem a cultura americana dos dividendos.

    A Itália está a perder a sua alma automóvel..... Esperemos que os políticos e os sindicatos italianos sejam suficientemente persuasivos para pôr fim a este massacre da sua cultura. Sim, o automóvel italiano sempre foi uma referência no mundo pelo seu design......até a Peugeot teve modelos gloriosos com design italiano........Pinfarina, Bertone, etc....

  6. Sem querer defender a estratégia de Stellantis para as marcas Maserati e Alfa Romeo, é preciso notar que estas já estavam moribundas antes do advento deste grupo. Enquanto a situação da AR melhorou um pouco graças ao Tonale, a da Maserati só piora, nomeadamente devido à sua política de preços demasiado elitista (nada abaixo de 90 mil euros), enquanto a marca carece da necessária credibilidade a nível mundial (qualidade e serviço, depreciação rápida), exceto junto dos aficionados, que correm o risco de perder com o desmantelamento dos motores V8 e a tendência para os automóveis eléctricos. Prevejo a mesma tendência negativa para a AR com a sua estratégia eléctrica 100% no Giulia e Stelvio e a imposição do motor Puretec no Milano. Fique atento.

    • A credibilidade constrói-se. Não se consegue isso despedindo engenheiros e técnicos às centenas. O know-how interno perder-se-á e a mensagem para os clientes que procuram exclusividade é catastrófica...

    • Qual é o motivo de tanto alarido em torno deste tipo?
      Este é o sítio dos trolls anti-franceses?

      Gg ItalPassion, um bom sítio fascista. O objetivo é fazer com que as pessoas não se preocupem com o facto de a França ser responsável por todos os males de Itália.

      Sem a PSA, a Maserati nunca teria tido um futuro. Nunca teria lançado o mc20.
      Se os Maseratis não estão a vender, é principalmente porque a marca não é apelativa. É demasiado cara para o que oferece.
      O facto de algumas pessoas a comprarem não significa que seja uma boa marca ou que os seus produtos sejam bons. O que diz é que os seus produtos estão fora do mercado. Esta marca está a ser esmagada por todas as marcas de luxo porque não representa o luxo, mas sim o premium a preços de luxo. O resultado tem sido sempre um desastre em termos de vendas.

      • Esta mensagem é terrível. O MC20 foi inteiramente desenvolvido com a Dallara para a Alfa Romeo, a PSA não tem qualquer ligação com este modelo, e quanto à saúde económica florescente do grupo franco-chinês, dá vontade de rir. Os investimentos franceses em Itália são nulos e tudo o que acontece é uma reunião no Ministério das Empresas (e o Made in Italy, duh) para que o Estado italiano possa subsidiar o grupo uma e outra vez. Quanto ao "fascismo", nem sequer o menciono...

        • Notei sobretudo que alguns comentários são censurados, enquanto outros aparentemente passam, o que é uma pena, a partir de agora só vou ler os artigos.

          • Não vejo que nenhum dos seus comentários tenha sido censurado, exceto aquele em que fez o Carlos Tavares parecer um mendigo. Não o validei porque não acrescenta nada ao assunto.

  7. Estamos a assistir ao vale tudo das marcas italianas. O estrangulamento da Peugeot sobre a Stellantis, que quer vender as suas marcas em todo o lado, pode acabar com as marcas italianas. A isto junta-se a passagem forçada para os automóveis totalmente eléctricos, apesar de haver alguma relutância, e nem toda a gente vai sonhar de repente em conduzir um automóvel elétrico.

  8. Olá a todos.

    Pedi para comprar um levantE ou um gibbli
    automóveis novos a gasóleo.
    Disseram-me que a MASERATI já não fabrica automóveis a gasóleo.
    Comprar um Peugeot.
    Nem pensar, vou passar para outro
    fabricante.
    Mercedes, BMW, Jaguar, por exemplo.
    Os concessionários MASERATI estão revoltados com
    O senhor deputado TAVARES, que não percebe nada de
    a indústria automóvel. Ele é um coveiro financeiro.
    Mesmo um dia, vai afundar a Peugeot, a Citroën, a fiat!!!!

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