
Quase um ano depois de a sua demissão do cargo de diretor executivo da StellantisCarlos Tavares volta a ser notícia, depois de ter sido substituído por António Filosa em junho de 2025. O executivo português acaba de publicar um livro intitulado Un pilote dans la tempête, que já lemos, e no qual faz uma retrospetiva da sua vida, da sua carreira e da sua paixão pelos automóveis. E entre as muitas anedotas que partilha, uma fará sorrir os Alfistas: a do seu primeiro carro de competição, um Alfasud Sprint 1.5L... parcialmente soldado com pastilha elástica.
O Alfa Romeo dos seus primórdios

No capítulo 15, sobriamente intitulado "O Condutor", Carlos Tavares conta como começou a sua paixão pelo desporto automóvel quando era adolescente. A sua primeira corrida oficial foi em julho de 1980, ao volante do seu próprio carro: um Alfa Romeo Alfasud Sprint 1.5L, oferecido pelos pais. Mas antes de o poder inscrever numa competição, teve de o transformar. Extintor de incêndio, disjuntor, barra de proteção... tudo tem de ser montado. O jovem Tavares não tinha orçamento nem infra-estruturas, por isso preparou o carro o melhor que pôde.
O aro caseiro
A barra de proteção, obrigatória para a corrida, será feita à medida... num fabricante de portões situado ao pé do bloco de apartamentos onde vive. O aço utilizado? Aproximado. Espessura? Incerta. Quanto às soldaduras, são, nas suas próprias palavras, "tudo menos regulamentares".
Ele lembra-se de cortar a alcatifa no compartimento do passageiro para fixar os tubos e depois improvisar onde o acesso era demasiado difícil. Nestas áreas, que eram impossíveis de soldar corretamente, utilizou... pastilha elástica, que depois pintou da mesma cor que o resto da barra de proteção, só para enganar os controladores.
Um pódio inesperado
Contra todas as probabilidades, o carro passou no teste e arrancou. Esta ousada manobra de bricolage não impediu Tavares de fazer uma boa prestação: terminou em 2º lugar na sua classe e em 10º na geral.
Nesse dia, o futuro ex-chefe de Stellantis ganhou o seu primeiro troféu.
Olá, a fotografia no topo do artigo é de um alfasud. Não é um sprint (que pode ver em baixo). É uma pena, é um belo carro (quase extinto, concordo). Obrigado pelos vossos artigos
Olá! A IA não foi capaz de fazer uma para mim e eu não tinha uma foto do Carlos Tavares nos anos 80 🙂 por isso fiz o melhor que pude para ilustrar, daí o esclarecimento de que foi gerada pela IA sob a foto de forma transparente. Obrigado pelo incentivo!
A sua paixão por reduzir os custos ao mínimo e pela bricolage manifestou-se desde muito cedo...
Olá, o mesmo comentário que o Maytal, tive uma namorada nos anos 80 que tinha um Alfasud, era um carro de topo, muito bonito e com um ruído de escape encantador, que felicidade!
Sou um entusiasta da Alfa há mais de 50 anos e tive 3 Alfasuds, incluindo 2 Ti. Um verdadeiro prazer de condução graças à sua curvatura negativa, ao motor boxer e aos cilindros planos que baixavam o centro de gravidade do carro. Ainda conduzo um Alfa... mas infelizmente sem o ruído dos motores das gamas de 1970 a 1990. Nostalgia...
Alfasud, assieme all'Arna e alla Fiat Duna, uno fra i più grandi bidoni prodotti in Italia.
Obrigado,
Sou Alfista desde 1975, já tive 10 Alfa Romeos e o último desde 2010 é um spider 2.4l de 2007 jtdm....
3 Alfetta
2 Giulia
3 Alfa 75s, 1 dos quais um Alfa 75 Scuderia com o número 121 (placa de cobre)
1 Alfa 156
1 spider cabriolet 2007 (1.000 vendidos em França/1.850 em todo o mundo entre 2006/2011)
Claro que sou um Alfista, mas também adoro Porsche, Ferrari, Lamborguigni, Jaguar, Bentley, Mercedes (também tenho um AMG Line coupé C C) Bugatti, etc.
Tenho um amigo que acabou de comprar um Stratos, ótimo !!!!