
Pode ter sido campeão do mundo de Fórmula 1, possuir um hipercarro elétrico como o Lotus Evija ou participar no Campeonato do Mundo de Resistência ao volante de um protótipo de 680 cv, mas, por vezes, nada se compara ao encanto de um pequeno... Alfa Romeo dos anos 60. Jenson Button é a prova viva disso mesmo.

Na Rolex Monterey Motorsports Reunion, o britânico deixou para trás os rigores do WEC e a intensidade dos circuitos modernos para redescobrir sensações puras ao volante de um Alfa Romeo GT Junior de 1967, que partilha com o seu amigo Maz Fawaz, chefe da Singer. E o mínimo que podemos dizer é que o campeão do mundo de 2009 tinha um sorriso de criança no rosto enquanto redescobria este simples prazer.
"Parecem lentos vistos de fora, mas ao volante é incrível. Fazemos uma volta em 1'45, vamos a 160 km/h e estamos a deslizar por todo o lado... É tão divertido!" explicou Button, ainda entusiasmado depois das suas voltas à pista. Sem direção assistida, sem controlo de tração, sem ajudas electrónicas: aqui, tudo é feito pelas mãos, pelos pés e pelas sensações.
"Este pequeno carro prova que não é preciso ser rápido para nos divertirmos. Jenson Button
Sim, o prazer também vem de correr roda a roda contra outros ícones da época: Alfa, Mini, Lotus Cortina, BMW 2002... Um ambiente único, quase familiar, onde entusiastas e antigos profissionais se misturam, longe dos constrangimentos das corridas de alto nível.

De facto, é esse o objetivo da decisão de Jenson Button de terminar a sua carreira profissional no final de 2025 para "se divertir mais", como explica. As suas obrigações nas corridas de resistência, nos testes e no simulador já não se coadunam com a sua vida familiar na Califórnia. E o britânico prefere dedicar o seu tempo aos seus entes queridos, aos seus projectos... e a este tipo de carro, cheio de carácter.

Voltaremos a vê-lo muito em breve: em setembro, esteve no Goodwood Revival, acompanhado pelos seus filhos, e em outubro, o seu Alfa GT Junior estará de volta às pistas no evento Willow Springs Reimagined.
Basicamente, Button não perdeu nada do seu espírito competitivo. Só que já não está à procura de troféus: está à procura de emoção. E que melhor escola do que este pequeno Alfa Romeo para redescobrir aquilo a que ele próprio chama "a adrenalina e a excitação" da condução pura?
