
Um ano após a primeira vaga de paragens de linhas de montagem na Europa, Stellantis está, mais uma vez, a ser forçado a reduzir a produção. O construtor anunciou o encerramento de seis fábricas europeias em outubro, afectando diretamente modelos estratégicos como o Fiat Panda, o Alfa Romeo Tonale e o recém-lançado Alfa Romeo Junior.
De acordo com Les Echos, a fábrica de Poissy, em França, estará encerrada durante três semanas, entre 13 de outubro e 3 de novembro, com uma parte dos trabalhadores em regime de horário reduzido. Mas não é tudo: as fábricas de Eisenach, na Alemanha, Saragoça e Madrid, em Espanha, e Tychy, na Polónia, também serão encerradas por períodos que vão de cinco a catorze dias. Por último, em Itália, a fábrica de Pomigliano, que produz o Panda e o Tonale, permanecerá encerrada durante pelo menos quinze dias.
Causas múltiplas
As razões invocadas pela Stellantis prendem-se principalmente com a fraca procura. Segundo o Milano Finanza, a linha Fiat Panda será encerrada de 29 de setembro a 6 de outubro e a linha Alfa Romeo Tonale até 10 de outubro. O Grupo invoca a necessidade de "otimizar as instalações de produção" num contexto marcado pela sazonalidade do mercado europeu, que regista um abrandamento das encomendas nos canais B2B e RAC (aluguer de curta duração).
Mas, por detrás da retórica oficial, a realidade é mais preocupante. De acordo com fontes próximas do assunto citadas pelo diário italiano, as encomendas de Tonale estão a cair e até o Fiat Panda, o pilar histórico de Pomigliano, está a dar sinais de fraqueza (A Fiat regista -10 % em Itália). Tanto assim é que a Stellantis está a considerar reduzir a taxa de produção a partir de novembro de 2025, passando de dois para apenas um turno de produção deste modelo.
Uma chamada de atenção para a Alfa Romeo e a Fiat
Estas paragens maciças, que representam menos 62 dias de produção acumulada, sublinham as dificuldades do Stellantis na Europa. De acordo com Les Echos, as vendas do grupo diminuíram 8,1 % entre janeiro e julho de 2025, enquanto a Renault e a Volkswagen cresceram.
O caso da Alfa Romeo ilustra claramente a fragilidade desta estratégia. O Tonale, que deveria aumentar os volumes, tem-se debatido com dificuldades para atrair clientes desde 2024. Quanto ao Junior, apresentado como o modelo que deveria alargar a clientela da marca, o seu lançamento foi comprometido por estes encerramentos temporários.
Uma "remontada" há muito esperada
O construtor automóvel, o segundo maior grupo europeu atrás da Volkswagen, tinha prometido uma "remontada" após um ano de 2024 difícil. Mas, entre os problemas de imagem ligados às grandes recolhas (airbags Takata, motores PureTech), a desintoxicação forçada das vendas tácticas e, agora, a queda de produção dos seus modelos emblemáticos, o Stellantis parece estar a derrapar.
Como resume Les Echos, o objetivo é evitar "um amontoado de carros nos parques de estacionamento das fábricas ou dos concessionários". Mas a verdadeira questão é saber se estas paragens não reflectem, a um nível mais profundo, a dificuldade do Grupo em reconquistar a confiança dos clientes particulares, o canal de vendas mais rentável.
Que bando de trapaceiros à frente deste grupo com 14 marcas de automóveis!
Preços-Potência em abundância desde o período CoVid19, com preços insanos dos veículos, queda da qualidade para poupar na sucata, motores de combustão interna desastrosamente fiáveis (ex-PSA) e até motores eléctricos, etc, etc....
Os clientes já não voltam aos concessionários, a confiança perdeu-se e o contribuinte europeu poderá pagar os despedimentos técnicos e os futuros encerramentos de fábricas do grupo.
Com a família Agnelli e, aliás, com a família Peugeot, os lucros são sempre privatizados e os prejuízos partilhados à custa dos contribuintes - bravo!
Entretanto, a Stellantis inicia a produção do novo Panda numa nova fábrica na Argélia e continua a investir na sua unidade de produção em Marrocos. Poderemos enviar a fatura do custo do desemprego ao Rei de Marrocos, isto é, se o nosso Presidente da República tiver a coragem de o fazer...
Stellantis está a pagar pelos erros de Tavares e isto é apenas o começo!
O Tonale e o Junior têm uma escolha de motores de combustão que não suscita qualquer entusiasmo, e conhecemos os inconvenientes dos motores PHEV ou eléctricos.
Quando se pretende relançar uma marca histórica como a Alfa Romeo, começa-se por colocar motores dignos da marca.
Só olham para a economia no stellantis, não há oferta diversificada de motores, a única escolha é um 3 cilindros puretoc 1,2 até a Renault tem mais escolha. O bonito Tonale também merece uma escolha com um 1.8 litros e um 2.0 litros diesel. Conduz-se um giulietta com um bom motor, bastante binário e tudo o que se recebe é um motor solex com um motor de secador de cabelo para o ajudar 😡
E, além disso, cerrando concursos. A estratégia de vender apenas pela Internet não funciona.