Lancia em 1 de julho de 2025, emitiu um comunicado de imprensa para coincidir com a apresentação do novo Ypsilon Rally6. No texto oficial, uma passagem não escapou à atenção dos entusiastas: "HF tornar-se-á a caraterística que define todas as versões de alto desempenho da nova gama Lancia: hoje no modelo Ypsilon e em breve, em 2026, nos futuros Gamma e Delta com a etiqueta "HF Integrale""..
Algumas horas mais tarde, esta frase foi discretamente retirada do comunicado de imprensa, mas demasiado tarde: a informação circulou nas redes sociais e nos fóruns. Esta é a primeira vez que a Lancia menciona claramente o regresso da lendária etiqueta "HF Integrale", diretamente associada ao ADN de tração às quatro rodas do histórico Delta.
Deveríamos estar surpreendidos? Não totalmente. O calendário da Lancia tem sido muito claro desde o seu renascimento na era Stellantis: depois do Ypsilon em 2024 e da sua versão HF em 2025, vem o Gamma em 2026, seguido do Gamma HF em 2027, depois o tão esperado Delta em 2028 e, logicamente, a sua versão HF em 2029.
O que é intrigante aqui é a menção explícita da designação "Integrale". Não deixa grandes dúvidas sobre a transmissão: o Delta HF de amanhã será um veículo com tração às quatro rodas. Esta configuração é possível graças à plataforma STLA Medium, que já foi anunciada como sendo capaz de acolher a tração integral eléctrica. Esta solução técnica pode ser encontrada, por exemplo, no novo Peugeot e-3008, cuja versão Dual Motor desenvolve até 325 cv graças a um motor à frente e outro atrás.
Mas 2029 ainda está muito longe e, entretanto, muita coisa pode mudar. A questão de um grupo motopropulsor híbrido continua em aberto. Se a Lancia e a Stellantis se atreverem a utilizar o GME PHEV de 2,0 litros, já utilizado pela Jeep e esperado em breve pela Alfa Romeo, o Delta HF Integrale poderia basear-se na plataforma STLA Large, a única capaz de acomodar um motor deste tipo com tração às quatro rodas.
Enquanto aguardamos a revelação deste Delta HF Integrale, as atenções voltam-se primeiro para o Gamma, prometido para o próximo ano. Um automóvel que marcará uma nova etapa para a Lancia, antes de a marca reabrir definitivamente o capítulo "Integrale" que forjou a sua lenda.
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A última notícia é que os futuros compactos Stellantis migrarão para o STLA Small, mais leve, deixando o Medium para o C-SUV.
Esta informação sobre a possibilidade de um Delta com tração integral parece indicar (pelo menos para a Lancia) que não será esse o caso! Sendo as economias de escala a ordem do dia na Stellantis, é provável que outros futuros automóveis compactos do grupo também andem para trás.
O grupo parece agora estar a ouvir as expectativas dos seus clientes, mas todos os seus atrasos estão a ter um efeito em cadeia nos prazos de desenvolvimento, que são cada vez mais longos!