Alfa Romeo: depois do Tonale, o Junior também está na blockchain, mas qual é o objetivo?

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Em 2022, quando criptomoedas, NFTs e blockchain eram o assunto do mundo tecnófilo, Alfa Romeo criou uma surpresa ao anunciar que o seu novo SUV, o Tonale, seria o primeiro veículo produzido em série a apresentar um certificado digital NFT. Na altura, foi uma estreia mundial na indústria automóvel, que causou grande agitação. Dois anos depois, a tecnologia continua presente, embora de forma mais discreta... mas está bem presente no Junior, o novo SUV compacto da marca. Uma oportunidade para fazer uma pergunta simples: qual é, de facto, o objetivo?

Uma tecnologia muito em voga em 2022...

Quando a Alfa Romeo apresentou o Tonale em março de 2022, fê-lo com uma forte promessa: oferecer um certificado digital não forjável para garantir a história do veículo. O NFT, que significa "Non-Fungible Token", utiliza a cadeia de blocos para registar dados (quilometragem, manutenção, etc.) e transformá-los num cartão de identidade digital inviolável ligado ao veículo.

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A marca aposta nesta inovação para conquistar as frotas das empresas e os compradores de automóveis em segunda mão, promovendo uma ferramenta de transparência. concebido para aumentar o valor residual dos modelos.

... discreto mas ainda presente em 2025

Dois anos mais tarde, o entusiasmo em torno do NFT diminuiu em grande medida. Poucos fabricantes continuam a falar dela e muitos abandonaram os projectos baseados nesta tecnologia. Exceto a Alfa Romeo.

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Sim, mesmo que o fabricante já não o utilize como um argumento de marketing importante, o certificado digital NFT continua a existir, agora integrado em toda a gama, incluindo o último modelo, o Junior. A descrição oficial é feita a preto e branco:

"Graças à sua arquitetura de software de nova geração, o Alfa Romeo Junior adopta a ficha não fungível (NFT) Alfa Romeo... Este registo pode garantir que o automóvel foi corretamente mantido e pode ter um impacto positivo no valor residual."

O mesmo acontece com o comunicado de imprensa, no qual a marca sublinha que este certificado é comum a toda a gama, incluindo os reestilizados Giulia e Stelvio, que também estão equipados com esta tecnologia desde 2022.

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Porquê esta discrição?

Então, porque é que a Alfa Romeo não está a promover esta inovação tanto quanto costumava fazer? Sem dúvida, porque o termo "NFT" se tornou mais divisivo do que a venda. Entre bolhas especulativas e um desinteresse crescente do grande público, a cadeia de blocos deixou de ser um sonho.

Mas a Alfa Romeo conseguiu tirar o máximo partido desta tecnologia, colocando-a ao serviço de um objetivo concreto: certificar o historial de um veículo. Sem arte digital, sem especulação, apenas uma ferramenta para tranquilizar os compradores.

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Como a marca explicou na altura:

"No mercado dos veículos usados, a certificação NFT representa uma fonte adicional de credibilidade em que os proprietários ou as redes de distribuição poderão confiar."

Uma tecnologia única na indústria automóvel?

Tanto quanto é do nosso conhecimento, nenhuma outra marca do Stellantis Group ofereceu até à data um sistema semelhante ao da Alfa Romeo, ou pelo menos promoveu-o. O sistema baseia-se num "cartão blockchain", um registo digital encriptado ligado ao número de identificação do veículo. Não se trata de um dispositivo ligado ou de um chip no automóvel, mas um certificado externo, a pedido do cliente, que monitoriza o automóvel ao longo da sua vida.

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Se o Tonale abriu caminho no auge da moda do NFT, o Junior confirma que a iniciativa foi mais do que um mero golpe publicitário. Ao integrar esta tecnologia em toda a sua gama, A Alfa Romeo aposta na confiança digital, num mercado de segunda mão onde a história de um veículo pode mudar tudo.

Então, qual é o objetivo? Não é para ficar bonito numa montra. Mas para garantir, a preto e branco (e na cadeia de blocos), que o seu Alfa foi corretamente mantido. E essa é talvez a utilização mais razoável e sustentável que poderíamos imaginar para um NFT.

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1 pareceres em "Alfa Romeo: depois do Tonale, o Junior também está na cadeia de blocos, mas qual é o objetivo?

  1. Tenho a certeza de que isto não é 100% seguro em termos de manipulação, mas aprendi por experiência própria que é muito positivo para os clientes ter um "serviço digital". Sem inovação, mas sem dúvida um fator de custo. Os clientes que adquirem um Alfa privat, têm frequentemente mais de 4 anos e, com 99,95 por cento, o serviço também está a ser prestado.

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